De acordo com uma análise divulgada na terça-feira, os preços dos painéis solares podem subir significativamente, até 66%, caso os EUA imponham novas tarifas sobre as importações do Sudeste Asiático. Isso poderia prejudicar os esforços do país em utilizar essa importante fonte de energia para combater as mudanças climáticas.
O relatório da Clean Energy Associates, uma empresa de consultoria na cadeia de suprimentos da indústria, é um dos primeiros a analisar as possíveis consequências de possíveis novas responsabilidades para células solares e módulos produzidos na Malásia, Camboja, Vietnã e Tailândia.
Algumas das principais empresas de equipamentos solares globais solicitaram à administração do presidente Joe Biden, em abril, a implementação de tarifas sobre importações para salvaguardar os significativos investimentos feitos na fabricação nos Estados Unidos.
A legislação de Biden para combater as mudanças climáticas, conhecida como Lei de Redução de Inflação, oferece generosos incentivos para empresas fabricantes de equipamentos de energia limpa nos EUA, impulsionando assim o crescimento de planos para instalações de energia solar caseiras.
Conforme a avaliação da CEA em relação às tarifas propostas, os valores dos painéis solares produzidos nos Estados Unidos podem aumentar em 10 centavos por watt, representando um acréscimo de 45%, chegando a 32 centavos por watt. Por outro lado, os custos dos módulos importados poderiam subir em 15 centavos por watt, equivalente a um aumento de 66%, totalizando 40 centavos por watt.
A empresa afirmou que um aumento nos custos dificultaria a lucratividade de projetos solares, podendo comprometer os objetivos dos Estados Unidos de expandir significativamente a energia solar e reduzir as emissões de gases de efeito estufa.
Os Estados Unidos precisam alcançar uma instalação de 500 gigawatts (GW) de energia solar até 2030 para atender às metas climáticas estabelecidas, em contraste com os 177 GW que possuíam até o final de 2023, conforme indicado pela CEA.
De acordo com a CEA, as fábricas americanas de painéis solares precisam importar células solares do sudeste da Ásia porque não há produção suficiente de células solares internamente.
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